30/08/2009
O disco busca outra ressurreição
David Alandete
A venda de músicas avulsas não conseguiu reavivar a indústria fonográfica, em queda livre desde o início da pirataria - a Apple e as grandes gravadoras trabalham num novo formato digital com conteúdos agregados que convidem os fãs a pagarem mais
A Apple e as grandes gravadoras estão trabalhando num novo formato musical, um álbum digital que, além das músicas que formam um disco, oferece todo tipo de conteúdos especiais, como vídeos ou imagens interativas. É a mais nova tentativa da indústria fonográfica para reanimar o álbum musical de sempre, que se encontra em estado crítico depois de um aumento dramático nas vendas de músicas avulsas.
A indústria musical vive um permanente processo de seleção tecnológica. O CD matou o vinil e o cassete. O mp3 quase acabou com o CD. Nessa sucessão de mortes, o velho conceito de álbum foi ficando no esquecimento. O álbum era um conjunto harmônico de músicas unidas sob um mesmo conceito, com uma embalagem, um desenho artístico e, em certas ocasiões, as letras das músicas e informação sobre os intérpretes e autores.
Mas, a julgar pelos números das vendas, resta pouca vida a este formato. O sistema de downloads tornou mais fácil para os internautas baixarem as músicas de que mais gostam, sem ter que comprar o álbum inteiro. São más notícias para a indústria de discos. No mês de julho passado, que a Billboard classificou como agourento para o setor, nenhum artista nos EUA conseguiu vender mais de 100 mil cópias de um disco.
Os números da Associação Americana da Indústria Fonográfica (RIAA, na sigla em inglês) são realmente dramáticos. No ano passado, as vendas de álbuns completos em formato de CD caíram 25%, com 384 milhões de discos vendidos. Em 1998, uma década antes, eram vendidos 847 milhões de álbuns em formato de CD. São os estragos da pirataria, que custa à indústria quase € 9 bilhões (cerca de R$ 24 bi) por ano e que nos EUA causou a perda de 71 mil empregos, segundo a organização privada Institute for Policy Innovation.
A única coisa que sobe como um balão é a venda de singles digitais. É lógico. Lojas como o iTunes dão poder ao consumidor, permitindo que eles escolham as músicas de que mais gostam, criando discografias à la carte.
Além de tentar combater os danos da pirataria das redes P2P, a indústria vem tentando buscar outras razões para a queda nos rendimentos nos últimos anos. Vender músicas isoladas não é rentável. Por 1 bilhão de canções, as gravadoras receberam em 2008 pouco mais de € 700 milhões (cerca de R$ 1,8 bi). Em 1998, quando vendiam 847 milhões de discos, a renda era de € 8 bilhões (cerca de R$ 21 bi). A conclusão: o single digital matou o álbum e, com ele, desapareceram os lucros.
A indústria está tentando revitalizar o velho conceito de álbum. As grandes gravadoras e a Apple, empresa fabricante do iPod e proprietária do iTunes, estão há meses trabalhando em novos formatos que ofereçam conteúdo extra e que atraiam mais compradores. Assim nasceu o projeto provisoriamente batizado de Cocktail, que a Apple está desenvolvendo e que deixou os blogs de música intrigados.
A grande ideia do Cocktail é aproveitar a internet ao máximo: vender num mesmo donwload não só música e vídeos, mas também imagens relacionadas com o disco, entrevistas com os artistas, letras e outras informações.
Desde que o jornal "The Financial Times" publicou pela primeira vez a notícia sobre o projeto em julho, muito se especulou sobre o que a Apple tem em mente. O FT relacionava o projeto com o lançamento de um computador portátil de tela de toque, que a Apple espera concluir até o final do ano.
As notícias do novo projeto da Apple vieram seguidas por rumores sobre uma aliança entre quatro grandes gravadoras. A Sony, Warner, Universal e EMI estariam trabalhando em um novo formato musical, batizado de CMX, que também incluiria conteúdo especial e seria vendido como um pacote unitário. A notícia foi dada pelo "Times" de Londres, que adiantou que este formato chegaria ao mercado em novembro. Um assessor de imprensa da Warner Music e outra da RIAA recusaram-se a comentar o assunto.
A rede e outros meios de comunicação estão fervendo com opiniões sobre o quanto pode ser conveniente reanimar o formato de álbuns. Para que os consumidores se interessem, deve ser oferecido algo com muito valor agregado e a preço razoável, explica Michael McGuire, analista da consultoria Gartner. Nem as gravadoras nem a Apple podem ter uma ideia muito rígida de como irão vender. Deverão considerar dar ao consumidor a opção de decidir quais partes desse pacote são valiosas e quais prefere comprar.
Matt Rossof questiona, em seu blog Digital Noise, onde estarão os limites desse novo álbum. Identifica três: "A não ser que funcione sobre a tecnologia já existente, como o Adobe Flash, os usuários deverão baixar um novo software", escreve. "Segundo, esse tipo de formato está destinado ao consumo no computador. Mas no meu caso, a maior razão para colocar música digital no computador é transferi-la para outros dispositivos". O terceiro problema poderia ser de compatibilidade. Será que esse novo formato terá que passar, necessariamente, pelo iTunes, que além de uma loja é um reprodutor?
Esta é, já há alguns anos, a grande dúvida das empresas fonográficas e dos artistas. O que a Apple tem em mente? Não é uma pergunta sem importância. O iTunes é, desde abril de 2008, a maior loja de música do mundo, o Golias da música digital. Até hoje ele enfrentou poucos Davis, mas houve alguns.
Ameaçados pela ditadura das músicas avulsas, alguns artistas saíram pela porta dos fundos do iTunes. Na época dourada do vinil, primeiro, e do CD mais tarde, os artistas comerciais lançavam um disco, com algumas canções destinadas a batalhar pelos primeiros lugares da lista de sucessos. Logo, acrescentavam outras músicas que muitos consideravam menores, mas que concediam solidez ao disco.
Agora, o iTunes exige que as empresas fonográficas e os artistas vendam cada uma das músicas em separado. Elas podem ser agrupados em um só disco, mas todas elas devem ser colocadas à venda de forma isolada, por um preço próximo a um euro (cerca de R$ 2,68). Os artistas e as gravadoras, é claro, gostariam de uma política de vendas mais variável.
No ano passado, o cantor Kid Rock protestou, não comercializando seu álbum "Rock'n Roll Jesus" na loja da Apple. Ainda assim, vendeu quase dois milhões de cópias e chegou ao número três da lista de discos mais vendidos da Billboard. Em muitos sentidos, este negócio se transformou num negócio de singles, disse no ano passado o agente de Kid Rock, Ken Levitan, ao jornal "The Wall Street Journal", chamando esta mudança de toque de morte da indústria musical. Algo similar aconteceu com o último disco do AC/DC, "Black Ice".
É preciso ser o AC/DC para conseguir vender no Wal-Mart, explica Koleman Strumpf, professor de Economia e especialista sobre indústria musical na Universidade do Kansas. O mesmo fez o Starbucks com alguns artistas. Sem dúvida, são empresas que contam com uma rede potente de distribuição. Para os artistas é uma opção com poucos riscos, mas não é algo ao alcance de muita gente. É preciso ser alguém que teve muito sucesso no passado.
Ainda que durante anos muitos meios tenham traçado uma linha de batalha para enfrentar as gravadoras e a internet, a história nem sempre é assim. Os pequenos selos aproveitaram a democratização comercial que veio com a rede. Este é o caso de uma gravadora como a Vagrant Records, que lança discos de artistas pouco conhecidos, mas com uma sólida base de seguidores.
"Ainda que não reste dúvidas de que a pirataria online tornou as coisas muito difíceis para todos nós, os pequenos selos perceberam que agora é mais fácil competir com as grandes gravadoras. A rede é igualmente acessível para pessoas com menos meios", explica o diretor de marketing da empresa, Jeremy Maciak, que acrescenta que os grandes artistas continuam vendendo muito, mas costumam ter sucesso com músicas isoladas.
Um sucesso como "Just Dance", de Lady Gaga, já vendeu mais de cinco milhões de downloads nos EUA, segundo informações da Billboard. Mas é mais do que provável que os internautas não baixem mais de três ou quatro músicas dessa artista. As vendas de seu disco, "The Fame", chegaram aos 13 milhões de cópias, segundo a Billboard, muito abaixo das vendas do single.
Basta olhar os dez mais vendidos nos Estados Unidos no iTunes em agosto. As músicas mais vendidas são as de Miley Cirus, Black Eyed Peas ou Shakira, todos muito conhecidos. E na lista de álbuns mais vendidos? É formada por desconhecidos para o grande público, como George Strait, Thrice ou Cobra Starship.
"Os menos famosos podem aspirar mais ao mercado do álbum", disse Maciak, explicando a experiência de sua gravadora. Com uma campanha de marketing centrada na internet, em sites como o MySpace, e com um apoio forte das apresentações ao vivo, é provável que consigam vender álbuns.
Alguns dos grandes artistas viram essa oportunidade. Madonna lançou seu novo single, "Celebration", apenas em forma de download musical em lojas online. A música é uma antecipação de um disco de grandes sucessos. As apresentações ao vivo são o que dão dinheiro num mundo dominado pela pirataria, assim, desde agosto de 2008, ela está em turnê por lugares nunca antes imaginados para alguém como Madonna, como Montenegro, Sérvia ou Romênia.
O último disco de Madonna, "Hard Candy", não chegou ao milhão de vendas nos EUA. Até os grandes têm sofrido. A pirataria furou o casco do barco, e o pouco que resta flutuando se mantém a duras penas. Só há um motivo para o otimismo. Em 2008, as vendas de vinil cresceram 124%, com três milhões de LPs vendidos. Em plena crise, sempre há espaço para o romantismo.
Tradução: Eloise De Vylder
A venda de músicas avulsas não conseguiu reavivar a indústria fonográfica, em queda livre desde o início da pirataria - a Apple e as grandes gravadoras trabalham num novo formato digital com conteúdos agregados que convidem os fãs a pagarem mais
A Apple e as grandes gravadoras estão trabalhando num novo formato musical, um álbum digital que, além das músicas que formam um disco, oferece todo tipo de conteúdos especiais, como vídeos ou imagens interativas. É a mais nova tentativa da indústria fonográfica para reanimar o álbum musical de sempre, que se encontra em estado crítico depois de um aumento dramático nas vendas de músicas avulsas.
A indústria musical vive um permanente processo de seleção tecnológica. O CD matou o vinil e o cassete. O mp3 quase acabou com o CD. Nessa sucessão de mortes, o velho conceito de álbum foi ficando no esquecimento. O álbum era um conjunto harmônico de músicas unidas sob um mesmo conceito, com uma embalagem, um desenho artístico e, em certas ocasiões, as letras das músicas e informação sobre os intérpretes e autores.
Mas, a julgar pelos números das vendas, resta pouca vida a este formato. O sistema de downloads tornou mais fácil para os internautas baixarem as músicas de que mais gostam, sem ter que comprar o álbum inteiro. São más notícias para a indústria de discos. No mês de julho passado, que a Billboard classificou como agourento para o setor, nenhum artista nos EUA conseguiu vender mais de 100 mil cópias de um disco.
Os números da Associação Americana da Indústria Fonográfica (RIAA, na sigla em inglês) são realmente dramáticos. No ano passado, as vendas de álbuns completos em formato de CD caíram 25%, com 384 milhões de discos vendidos. Em 1998, uma década antes, eram vendidos 847 milhões de álbuns em formato de CD. São os estragos da pirataria, que custa à indústria quase € 9 bilhões (cerca de R$ 24 bi) por ano e que nos EUA causou a perda de 71 mil empregos, segundo a organização privada Institute for Policy Innovation.
A única coisa que sobe como um balão é a venda de singles digitais. É lógico. Lojas como o iTunes dão poder ao consumidor, permitindo que eles escolham as músicas de que mais gostam, criando discografias à la carte.
Além de tentar combater os danos da pirataria das redes P2P, a indústria vem tentando buscar outras razões para a queda nos rendimentos nos últimos anos. Vender músicas isoladas não é rentável. Por 1 bilhão de canções, as gravadoras receberam em 2008 pouco mais de € 700 milhões (cerca de R$ 1,8 bi). Em 1998, quando vendiam 847 milhões de discos, a renda era de € 8 bilhões (cerca de R$ 21 bi). A conclusão: o single digital matou o álbum e, com ele, desapareceram os lucros.
A indústria está tentando revitalizar o velho conceito de álbum. As grandes gravadoras e a Apple, empresa fabricante do iPod e proprietária do iTunes, estão há meses trabalhando em novos formatos que ofereçam conteúdo extra e que atraiam mais compradores. Assim nasceu o projeto provisoriamente batizado de Cocktail, que a Apple está desenvolvendo e que deixou os blogs de música intrigados.
A grande ideia do Cocktail é aproveitar a internet ao máximo: vender num mesmo donwload não só música e vídeos, mas também imagens relacionadas com o disco, entrevistas com os artistas, letras e outras informações.
Desde que o jornal "The Financial Times" publicou pela primeira vez a notícia sobre o projeto em julho, muito se especulou sobre o que a Apple tem em mente. O FT relacionava o projeto com o lançamento de um computador portátil de tela de toque, que a Apple espera concluir até o final do ano.
As notícias do novo projeto da Apple vieram seguidas por rumores sobre uma aliança entre quatro grandes gravadoras. A Sony, Warner, Universal e EMI estariam trabalhando em um novo formato musical, batizado de CMX, que também incluiria conteúdo especial e seria vendido como um pacote unitário. A notícia foi dada pelo "Times" de Londres, que adiantou que este formato chegaria ao mercado em novembro. Um assessor de imprensa da Warner Music e outra da RIAA recusaram-se a comentar o assunto.
A rede e outros meios de comunicação estão fervendo com opiniões sobre o quanto pode ser conveniente reanimar o formato de álbuns. Para que os consumidores se interessem, deve ser oferecido algo com muito valor agregado e a preço razoável, explica Michael McGuire, analista da consultoria Gartner. Nem as gravadoras nem a Apple podem ter uma ideia muito rígida de como irão vender. Deverão considerar dar ao consumidor a opção de decidir quais partes desse pacote são valiosas e quais prefere comprar.
Matt Rossof questiona, em seu blog Digital Noise, onde estarão os limites desse novo álbum. Identifica três: "A não ser que funcione sobre a tecnologia já existente, como o Adobe Flash, os usuários deverão baixar um novo software", escreve. "Segundo, esse tipo de formato está destinado ao consumo no computador. Mas no meu caso, a maior razão para colocar música digital no computador é transferi-la para outros dispositivos". O terceiro problema poderia ser de compatibilidade. Será que esse novo formato terá que passar, necessariamente, pelo iTunes, que além de uma loja é um reprodutor?
Esta é, já há alguns anos, a grande dúvida das empresas fonográficas e dos artistas. O que a Apple tem em mente? Não é uma pergunta sem importância. O iTunes é, desde abril de 2008, a maior loja de música do mundo, o Golias da música digital. Até hoje ele enfrentou poucos Davis, mas houve alguns.
Ameaçados pela ditadura das músicas avulsas, alguns artistas saíram pela porta dos fundos do iTunes. Na época dourada do vinil, primeiro, e do CD mais tarde, os artistas comerciais lançavam um disco, com algumas canções destinadas a batalhar pelos primeiros lugares da lista de sucessos. Logo, acrescentavam outras músicas que muitos consideravam menores, mas que concediam solidez ao disco.
Agora, o iTunes exige que as empresas fonográficas e os artistas vendam cada uma das músicas em separado. Elas podem ser agrupados em um só disco, mas todas elas devem ser colocadas à venda de forma isolada, por um preço próximo a um euro (cerca de R$ 2,68). Os artistas e as gravadoras, é claro, gostariam de uma política de vendas mais variável.
No ano passado, o cantor Kid Rock protestou, não comercializando seu álbum "Rock'n Roll Jesus" na loja da Apple. Ainda assim, vendeu quase dois milhões de cópias e chegou ao número três da lista de discos mais vendidos da Billboard. Em muitos sentidos, este negócio se transformou num negócio de singles, disse no ano passado o agente de Kid Rock, Ken Levitan, ao jornal "The Wall Street Journal", chamando esta mudança de toque de morte da indústria musical. Algo similar aconteceu com o último disco do AC/DC, "Black Ice".
É preciso ser o AC/DC para conseguir vender no Wal-Mart, explica Koleman Strumpf, professor de Economia e especialista sobre indústria musical na Universidade do Kansas. O mesmo fez o Starbucks com alguns artistas. Sem dúvida, são empresas que contam com uma rede potente de distribuição. Para os artistas é uma opção com poucos riscos, mas não é algo ao alcance de muita gente. É preciso ser alguém que teve muito sucesso no passado.
Ainda que durante anos muitos meios tenham traçado uma linha de batalha para enfrentar as gravadoras e a internet, a história nem sempre é assim. Os pequenos selos aproveitaram a democratização comercial que veio com a rede. Este é o caso de uma gravadora como a Vagrant Records, que lança discos de artistas pouco conhecidos, mas com uma sólida base de seguidores.
"Ainda que não reste dúvidas de que a pirataria online tornou as coisas muito difíceis para todos nós, os pequenos selos perceberam que agora é mais fácil competir com as grandes gravadoras. A rede é igualmente acessível para pessoas com menos meios", explica o diretor de marketing da empresa, Jeremy Maciak, que acrescenta que os grandes artistas continuam vendendo muito, mas costumam ter sucesso com músicas isoladas.
Um sucesso como "Just Dance", de Lady Gaga, já vendeu mais de cinco milhões de downloads nos EUA, segundo informações da Billboard. Mas é mais do que provável que os internautas não baixem mais de três ou quatro músicas dessa artista. As vendas de seu disco, "The Fame", chegaram aos 13 milhões de cópias, segundo a Billboard, muito abaixo das vendas do single.
Basta olhar os dez mais vendidos nos Estados Unidos no iTunes em agosto. As músicas mais vendidas são as de Miley Cirus, Black Eyed Peas ou Shakira, todos muito conhecidos. E na lista de álbuns mais vendidos? É formada por desconhecidos para o grande público, como George Strait, Thrice ou Cobra Starship.
"Os menos famosos podem aspirar mais ao mercado do álbum", disse Maciak, explicando a experiência de sua gravadora. Com uma campanha de marketing centrada na internet, em sites como o MySpace, e com um apoio forte das apresentações ao vivo, é provável que consigam vender álbuns.
Alguns dos grandes artistas viram essa oportunidade. Madonna lançou seu novo single, "Celebration", apenas em forma de download musical em lojas online. A música é uma antecipação de um disco de grandes sucessos. As apresentações ao vivo são o que dão dinheiro num mundo dominado pela pirataria, assim, desde agosto de 2008, ela está em turnê por lugares nunca antes imaginados para alguém como Madonna, como Montenegro, Sérvia ou Romênia.
O último disco de Madonna, "Hard Candy", não chegou ao milhão de vendas nos EUA. Até os grandes têm sofrido. A pirataria furou o casco do barco, e o pouco que resta flutuando se mantém a duras penas. Só há um motivo para o otimismo. Em 2008, as vendas de vinil cresceram 124%, com três milhões de LPs vendidos. Em plena crise, sempre há espaço para o romantismo.
Tradução: Eloise De Vylder
http://noticias.uol.com.br/midiaglobal/elpais/2009/08/30/ult581u3456.jhtm
Este buraco no casco do navio ao qual cita o texto, encaro de forma diversa não creio ser por causa da pirataria, e sim por causa de uma cultura imutavel de lucrar exorbitantemente sempre.
ResponderExcluirAnalise por exemplo o preço de um DVD em uma grande loja de departamentos, Harry Potter mais recente por "apenas" R$59,90, caramba amigos os "tapazoios" vendem 4 copias por R$10,00, seguindo um raciocínio bem povão, pelo mesmo preço pago em uma loja de departamentos pelo DVD "original" eu posso comprar 24 na barraquinha, quanto ao cds músicais a covardia é maior ainda.
Um cd pode sair custando até R$100,00 sendo importado e um pouco raro, o MP3 é grátis.......
Findando com o lucro doentio e sem critérios, praticado pelos barões da industria de entretenimento, o futuro pode ser brilhante e bem mais sem "tapazois".
Katen